terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Economia de água na lavagem de motocicletas

O porquê desta matéria:
Com o atual crescimento da consciência ecológica, a busca pela redução no consumo de água tem se tornado um dos itens mais discutidos, nós motociclistas temos que dar nossa contribuição para redução do consumo de água e por conseqüência melhorar nossa vida no planeta.

A quem se Destina:
Esta matéria se destina aos motociclistas que gostam de lavar artesanalmente suas motocicletas na própria residência, que desejam continuar a fazer essa atividade visando à redução do consumo de água. Portanto esta matéria não tem a pretensão de ser a palavra final sobre o assunto e nem discutir técnicas avançadas, modernas e futurísticas para lavagem de motocicletas.

Fundamentos:
Nos últimos anos, ao executar as lavagens de motocicletas, passei a me preocupar com o consumo de água, comecei a buscar soluções praticas que pudessem ajudar na economia de água. Na busca dessas soluções, descobri que estava fazendo uma reformulação em todo o conceito que tinha sobre essa atividade. Assim através desta matéria estou tentando consolidar esses pensamentos, formatos e procedimentos a fim de transmitir para outros motociclistas.

Principais Recursos Utilizados:
Os dois principais recursos utilizados para desenvolver esse objetivo foram:
1º - Redução da importância da lavagem na limpeza como um todo.
2º - Adoção de medidas especificas, visando a redução direta do consumo de água.

Alteração na forma de designar a atividade:
Em vez de usar o conceito “lavar”, devemos passar a usar o conceito “limpar”. Quando usamos “lavar”, estamos pensando em consumir água. Quando usamos “limpar”, estaremos buscando soluções sem a utilização de água.

O Conceito da Limpeza a Seco:
Percebi que o que estava tentando buscar é algo parecido com o conceito da limpeza a seco, muito difundida atualmente na limpeza automotiva. Onde em vez de água usam-se produtos especiais e específicos para a atividade, substituindo assim o uso de água.

Mudança do conceito na forma de limpar:
O mais importante deve ser a mudança na forma de como imaginamos cada etapa da limpeza. Todo motociclista ao lavar sua motocicleta adota o seguinte formato: primeiro lava muito bem todas as peças e componentes, depois enxuga rapidamente e por fim encera só a parte pintada. E dessa forma imagina que é na lavagem onde se usa a água que devera ser solucionado todo problema de sujeira encontrado na motocicleta. O que se propõe é executar essa etapa de lavagem com água de forma mais rápida, e melhorar a eficiência da atividade nas outras etapas posteriores feitas sem uso de água.

Novo formato das etapas:
Formato anterior : 1 – “Lavar” --> 2 – “Enxugar” --> 3 – “Encerar”.
Formato proposto : 1 – “Pré Limpeza” --> 2 – “Limpeza” --> 3 – “Acabamento”.
1 - De “Lavar” para “Pré Limpeza”: Onde antes fazíamos uma lavagem muita bem feita e detalhada, usando-se muita água, devemos agora fazer um trabalho mais rápido, não muito detalhado, ou seja, não se buscara a perfeição ainda nessa etapa.
2 - De “Enxugar” para “Limpeza”: Onde apenas enxugávamos rapidamente, agora vamos fazer um trabalho mais detalhado, com pano úmido, pinceis e escovas, vamos remover detalhes que ficaram na etapa anterior. Ou seja, vamos realmente proceder a limpeza.
3 - De “Encerar” para “Acabamento”: Onde antes apenas nos preocupávamos com o acabamento das partes pintadas com uso de ceras, agora, com o uso de produtos específicos, iremos melhorar o aspecto visual de todas as peças e componentes da motocicleta.

Exemplos práticos da mudança proposta:
1 - Os locais que tinham muita graxa e óleo fazíamos a limpeza completa ainda na etapa de lavagem. Agora na etapa de acabamento, removeremos a sujeira remanescente com o uso de querosene e pincel dos locais que ainda ficarem com resíduos de graxa ou óleo.
2 - Quando a frente da motocicleta estava impregnada com insetos ressecados colados à pintura. No formato anterior, durante a lavagem, com o uso de água, xampu e esponja removíamos detalhadamente todas as impregnações de insetos. No novo formato, durante a lavagem removemos a parte mais fácil e volumosa desses insetos, durante a etapa de acabamento com o uso de cera, removeremos o restante mais colado e impregnado.

Medidas especificas para redução do consumo:
Para reduzir o uso de água na “Pré Limpeza”, passei a adotar medidas simples, mas eficientes, como a colocação de bico redutor de água na mangueira. O volume de água é mínimo, a água sai quase como um vapor. Só com essa medida consegui uma redução de cerca de setenta por cento na vazão de água. Instalei um registro com alavanca de acionamento rápido bem próximo onde a moto é lavada. Primeiro desenrolo a mangueira, posiciono ela próximo a moto e só então abro o registro. Procurei definir e estipular tempos para o uso da mangueira ligada para cada etapa, e defini uma quantidade máxima de água que uso no balde.

Sugestão de procedimento para a “Pré Limpeza”:
Molhar rapidamente a moto em menos um minuto. Fechar imediatamente o registro da mangueira. Executar tranqüilamente a etapa de aplicação dos produtos com pinceis e escovas. Realizar um rápido pré enxágüe em menos de um minuto. Colocar apenas três litros de água em um balde, acrescentar o xampu e com a mangueira desligada, fazer a lavagem geral com a esponja, lembrando que quanto menos xampu usar mais fácil será o enxágüe. Fazer o enxágüe final no maximo em um minuto e meio. Após algumas medições conclui que conforme o nível de sujeira, consigo lavar uma motocicleta utilizando algo em torno 10 a 12 litros de água, ou seja, muito menos que muitos marmanjos usam para tomar um banho.

Novo formato e sugestões para o “Acabamento”:
Nesta matéria abordei diretamente o tema sobre economia de água. Nesse novo formato o “Acabamento” passa a ter uma ação mais importante no processo de limpeza, dessa forma estou concluindo nova matéria com dicas de materiais, produtos e ações especificas para ser utilizadas no “Acabamento”. Assim que essa matéria esteja concluída estarei disponibilizando para todos.

Tomás André dos Santos – tasmotos

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Conceitos sobre Conservação de Motocicletas

O Motociclismo como Paixão
A motocicleta deve ser vista como um elemento que concentra em si diversos aspectos, em especial sobre o ponto de vista cultural e conforme sua utilização.
Deixando de lado a velha e apaixonada discussão sobre o tema “Motociclista ou Motoqueiro” e a controvertida questão do preconceito, o que se observa é que sobre o ponto de vista cultural e de sua utilização podemos realmente visualizar dois grupos bem distintos de usuários de motocicletas.
O primeiro desses grupos é formado por aqueles que utilizam a motocicleta como meio de locomoção, transporte e uso profissional, no Brasil esse grupo é mais recente, sendo o de maior volume e o que mais cresce, é nesse grupo que se verifica o maior índice de acidentes envolvendo as motocicletas.
O outro grupo é o formado por aqueles que têm a motocicleta como hobby, em geral utilizam a motocicleta para o lazer, passeios, viagens e pratica de esportes. Normalmente são apaixonados por tudo que diz respeito a esse veiculo, são mais antigos no Brasil, são em numero menor, e se preocupam mais com a segurança na pilotagem.
É bom ressaltar que existem motociclistas que “transitam” e se “encaixam” perfeitamente nos dois grupos citados.
É no segundo grupo que encontramos um numero maior de pessoas “apaixonadas” pela motocicleta e interessadas com sua conservação e manutenção, que envolvem cuidados com a mecânica e com sua apresentação visual. Para essas pessoas cuidar da motocicleta é uma atividade prazerosa, o objetivo deles é entreter-se com tudo que diz respeito ao universo das motocicletas.

Manutenção e Conservação como Objetivo
Um dos fatores que difere os motociclistas que tem a motocicleta como hobby é que uma de suas metas principais é a manutenção e conservação constante de suas motocicletas. Quase sempre pilotam de maneira prudente, procurando evitar desgastes e sobrecargas desnecessárias aos componentes mecânicos. Para esse tipo de motociclista conseguir bons números nos indicadores de conservação das peças e componentes de sua motocicleta é uma meta constante. Em geral gostam de analisar e comparar o desgaste e a durabilidade de componentes, como o motor, o conjunto de transmissão secundário, os pneus, os freios, a embreagem, etc. É muito importante compreender que essa atividade, necessariamente não esta ligada à economia e redução de gastos, mas acima de tudo ao simples prazer de alcançar uma meta ou objetivo. Preocupam-se também em utilizar a moto buscando a conservação em pequenos detalhes, como, por exemplo, não deixar a moto no sol, evitar transitar por locais molhados ou com barro, etc. Importante ressaltar que não se deve confundir esse prazer com “obsessão” ou “fanatismo”, o verdadeiro motociclista sabe dosar e conciliar essa paixão com equilíbrio e maturidade.

Acumulando e trocando informações
Essa característica é uma das mais marcantes do motociclista, ela é responsável pelo surgimento de outras características como, por exemplo, o companheirismo. Para saciar a vontade de conhecer e acumular informações sobre o assunto, a forma mais usada é o intercambio com outros motociclistas, onde se pode fazer a troca de informações e de “quebra” fazer novos amigos e parceiros, esse fenômeno é muito conhecido pelos motociclistas, alguns se juntam em grupos em determinados “Pontos de Encontro”, outros se juntam em associações conhecidas como “Motos Clubes”, e atualmente se multiplicam na Internet os diversos “Fóruns de Discussão” específicos para motociclismo.

Conservação e Segurança:
A busca da conservação através de diversos cuidados em especial pelo habito de fazer manutenção preventiva é o fator mais associado à pilotagem com segurança. Todos indicadores estatísticos têm constatado que uma grande quantidade dos acidentes envolvendo as motocicletas está relacionada com a falta de manutenção. É impossível questionar esse argumento, tecnicamente sabemos, por exemplo, que quando existe a necessidade de uma freiada emergencial rápida e brusca, as motocicletas que estiverem com os freios e pneus em melhores condições serão as que conseguirão parar em um espaço menor, e assim conseguir evitar um possível acidente.

Os Elementos da Conservação
Quando se fala em conservação da motocicleta como meta ou objetivo devem-se visualizar todos os elementos que compõem esse conjunto. De um modo geral temos a forma de pilotar e conduzir, a manutenção mecânica preventiva, a qualidade de peças, componentes, óleos e combustíveis utilizados, os cuidados no dia a dia, e a preocupação com a apresentação visual da motocicleta.

A utilização constante da Motocicleta
Importante ressaltar que na realidade o maior prazer desses motociclistas é rodar com sua motocicleta, ou seja, aproveitá-la o maior tempo possível. Suas metas de conservação estão sempre relacionadas com a quilometragem obtida. De nada adiantara a motocicleta estar com muita idade, conservada, mas sem uso, mesmo porque a falta de utilização é um dos fatores que mais contribuem para a deterioração dos materiais e componentes da motocicleta.

A Lavagem na Conservação
Dentre os muitos cuidados que esses motociclistas tem com sua motocicleta, destacamos a preocupação com a conservação das peças e componentes e a apresentação visual da motocicleta. Esse objetivo é alcançado com cuidados diários na utilização da motocicleta e com sua lavagem periódica. É muito importante ter em mente que a lavagem deve ser vista como uma atividade que busca a conservação da motocicleta, ou seja, a lavagem periódica, mais que o embelezamento, visa conservar a motocicleta. Não se deve deixar de lavar a motocicleta por um período muito grande, com o passar do tempo os sedimentos de sujeira vão se “fundindo” nas peças e a partir de um certo tempo será impossível removê-los. Em geral o próprio motociclista realiza essa atividade, mas pode-se também ser feito por terceiros, de preferência são escolhidos os locais especializados como as oficinas de motocicletas e os locais específicos para lavagem de motocicletas. Normalmente evita-se levar em lava rápido de automóveis ou em postos de combustível, pois alem de utilizarem produtos e equipamentos inadequados, em geral eles não tem preparo e conhecimento sobre os cuidados especiais que se deve ter com uma motocicleta.

O Comprometimento dos Componentes pela ação da sujeira
Com o passar do tempo, em virtude da falta de lavagem, os sedimentos e micro-sedimentos vão se incrustando e se fundindo nos materiais, em especial nos locais de temperatura elevada como o motor e seus componentes. A motocicleta é constituída também por grande volume de peças e componentes metálicos das mais diversas composições, que em sua maioria tem a parte externa exposta, ou seja, sem proteção de pintura ou verniz, nesses locais a sujeira sedimentada funciona como pontos retentores de umidade, que serão responsáveis pelo inicio do processo de oxidação (ferrugem).

Como a Lavagem Funciona
A lavagem tem como objetivo remover as incrustações de sedimentos e micro sedimentos, e evitar o comprometimento de peças e componentes. Portanto é necessário que esses sedimentos sejam realmente removidos. Para isso temos que entender alguns conceitos básicos. Não são os produtos que limpam, eles tem uma função auxiliar no processo. A atividade “mecânica” pela abrasão é realmente quem ira remover os sedimentos. Portanto, na hora de lavar devem-se passar pinceis, escovas e esponjas com muita eficiência em todos os locais. Na hora de enxugar dever-se passar bem o pano em todas peças ainda úmidas. Na hora de encerar, deve-se aplicar e retirar a cera tendo em mente que seu objetivo é remover toda sujeira incrustada, ou seja, encerar é limpar, e não “polir” como muitos pensam.

A Qualidade e Eficiência da Lavagem
Não se deve ter ilusão sobre a atividade de lavagem da motocicleta, para que ela seja eficiente e esteja realmente comprometida com a conservação, ela deve ser executada periodicamente e não pode ser feita de forma rápida e sem um conhecimento mínimo. E também não se devem utilizar equipamentos e produtos que podem danificar seus componentes. O mais importante é entender que não existem milagres, para obter qualidade e eficiência na lavagem deve-se fazê-la de forma correta e adequada, senão alem de não conseguir os objetivos de conservação corre-se o risco de danificar peças e componentes da motocicleta.

O prazer de andar de Motocicleta.
Para o verdadeiro motociclista não existe sensação mais agradável que o prazer de andar com sua motocicleta em um dia perfeito com o céu limpo, sol e temperatura agradável. Para quem realmente conhece essa sensação sabe também que se a motocicleta estiver limpa, bonita e bem conservada, esse prazer é ainda muito maior.

Tomás André dos Santos – tasmotos

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pilotagem com Segurança para Novatos

Entre os muitos amigos e pessoas de meu circulo de amizade que perderam suas vidas em acidente de motocicletas, posso garantir que a maioria tinha menos de 20 anos de idade. Vamos fazer nossa parte para tentar reduzir os acidentes com motociclistas, leia, discuta, divulgue esta minha matéria e outras sobre o assunto.

Pilotagem com Segurança para Novatos

O crescimento do motociclismo e suas implicações:
A cada dia que passa tem aumentado o volume de motocicletas em nossas ruas e por conseqüência tem aumentado também o numero de acidentes com as motocicletas.
Um dos motivos da elevada ocorrência de acidentes com as motocicletas em nosso país é a falta de uma cultura consolidada no uso da motocicleta.
Movidos pela necessidade de transporte eficiente e de baixo custo, muitos jovens compram suas motocicletas sem saber exatamente o que é uma motocicleta e sem saber que terão em suas mãos um veiculo extremamente perigoso, quando não utilizado de forma adequada.

A motocicleta é perigosa:
Essa é a dica mais importante para quem vai passar a utilizar uma motocicleta. Nunca subestime essa característica. Não se deve subir em uma motocicleta sem ter a consciência que se trata realmente de um veiculo perigoso e que nos expõe a um volume muito grande de riscos. Por menor que seja o acidente é impossível não ocorrerem conseqüências mais sérias.

Motocicleta não é automóvel:
A motocicleta não oferece a mesma segurança que um veiculo de quatro rodas que se sustenta sozinho, onde os ocupantes estão protegidos pela carroceria. Estudos demonstram que pilotar motocicletas exige maiores habilidades do que conduzir automóveis. Nunca é demais ressaltar que a motocicleta não fica de pé sozinha e sua tendência natural é cair.

Os Comandos:
Se você já dirige automóvel e vai pilotar uma moto pela primeira vez procure se familiarizar com todos os comandos. Os comandos da motocicleta são totalmente diferentes dos automóveis, as atividades realizadas com os pés e as mãos são diferentes, portanto nosso cérebro demora certo tempo para se adaptar. Já vi muitos acidentes com jovens motociclistas que não conseguiram parar a moto simplesmente porque “esqueceram” de usar o freio dianteiro pelo fato de seu acionamento ser feito pela mão.

A manutenção da motocicleta:
Os componentes mecânicos da motocicleta têm uma ação muito mais direta e importante na condução do veiculo. Não utilize sua motocicleta sem os devidos cuidados com a manutenção preventiva. Especialmente nunca utilize sua motocicleta quando os freios ou pneus não estiverem em condições excepcionalmente adequadas.

A Carteira de Habilitação:
De posse da carteira de habilitação os jovens motociclistas acreditam que já estão totalmente aptos para pilotar, isso é um grande engano, em geral as auto-escolas não ensinam a pilotar, elas apenas ensinam como passar no exame.

Ganhando experiência:
Pelo fato da maior dificuldade de se conduzir uma motocicleta, antes de começar a usá-la rotineiramente no transito pesado, é aconselhável que se pratique bastante em locais seguros com transito mais tranqüilo. Apenas enfrente o transito pesado após se familiarizar bastante com a condução da motocicleta, ou seja, não utilize a motocicleta rotineiramente se não tiver bastante experiência e acima de tudo se não se sentir seguro para isso.

Pilotando com garupa:
A motocicleta é um veiculo proporcionalmente bem mais leve que os automóveis, portanto o peso transportado tem uma influencia muito maior na sua condução. Só passe a transportar garupa quando já tiver adquirido boa experiência na pilotagem. O peso adicional da garupa altera totalmente a dinâmica da motocicleta e exige muito mais dos componentes mecânicos, em especial freio, pneus e suspensão. Já vi muitos acidentes onde o piloto não conseguiu parar a tempo a motocicleta por nunca ter andado com garupa.

Pilote de forma tranqüila:
Em virtude dos altos riscos, a pilotagem da motocicleta não permite margens para erros, pois eles sempre serão fatais. Então se acostume a pilotar de forma compenetrada, fique sempre “focado” na pilotagem. Procure não desviar sua atenção e acima de tudo pilote de forma tranqüila, os mais corriqueiros acidentes ocorrem porque perdemos nossa concentração por estar preocupado com alguma outra coisa. Programe sempre seus horários, nunca saia atrasado para seus compromissos, pilotar com pressa e preocupado são uma formula perfeita para se evolver em acidentes. Aqui vale a “Lei de Murphy”, se alguma coisa pode dar errado, com certeza vai dar.

Pilote de forma preventiva:
Procure pilotar tentando prever todas suas ações futuras. Procure sempre imaginar o “cenário” futuro de sua rota. Procure pilotar tentando interpretar as ações de todos fatores que compõe a sua rota.
Procure sempre visualizar o mais a frente possível. Aprenda a “enxergar” prováveis situações de risco como um cachorro caminhando na calçada ou acostamento e a qualquer momento pode entrar na pista, ou de um veiculo encostado cujo motorista esta prestes a abrir a porta e fechar sua rota, etc. Somente a pilotagem de forma preventiva pode realmente diminuir os riscos de acidentes.

Respeite sempre as regras de transito:
Parece besteira, mas lembre-se que toda a dinâmica no transito se baseia em regras que definem a participação de cada um nesse processo. Em geral os outros motoristas executam suas ações baseadas nas regras existentes, quando desvirtuamos essas regras aumenta muito o risco de nos envolver em acidentes.

Os motoristas não “enxergam” as motocicletas:
Estudos demonstram que a maioria dos motoristas em geral acaba condicionando seu cérebro a “enxergar” somente os veículos grandes como automóveis, caminhonetes, caminhões e ônibus. Muitos acidentes são causados porque os motoristas não conseguiram perceber a presença de animais, pedestres, ciclistas ou motociclistas. Evite sempre transitar e ultrapassar pela direita dos veículos. Mantenha sempre o farol aceso. Use roupas coloridas e com faixas refletivas.

Não confie nos outros motoristas:
Imagine sempre que os outros condutores não estão vendo você, imagine que eles a qualquer momento vão cometer erros. Preste muita atenção nos cruzamentos, mesmo que a preferencial seja sua, reduza a velocidade e cruze com cuidado. Lembre-se que em caso de acidentes envolvendo a motocicleta e um automóvel, não importa quem esteja com a razão, os motociclistas sempre serão os maiores prejudicados.

Equipamentos de segurança:
Se você optou em comprar e utilizar uma motocicleta tem que tem consciência que é um veiculo que exige para sua utilização o uso de vestimenta adequada. Capacete, jaqueta adequada, sapato ou bota resistentes são itens imprescindíveis. Não pilote sua motocicleta sem estar utilizando equipamentos mínimos de segurança. Esqueça o romantismo, a questão cultural e a questão climática, saiba que pilotar a motocicleta usando camiseta, bermuda ou chinelo é um ato de altíssimo risco.

Conhecendo os pisos:
Como a motocicleta depende do equilíbrio para não cair, a condição do piso é muito importante para a pilotagem com segurança. Aprenda a visualizar todos tipos de perigo que você pode encontrar nos pisos como: locais molhados, areia na pista, óleo na pista, calçamentos de pedra, faixa brancas de sinalização, etc. Procure transitar nas faixas de rodagem dos pneus dos automóveis, evite as laterais da pista, pois normalmente é onde a areia fica depositada, e evite o centro da pista, pois normalmente existe o respingo de óleo dos motores dos veículos.

Pilotando com chuva:
Para o motociclista a chuva é um acontecimento que tem uma influencia muito grande, ela altera totalmente as condições de pilotagem. Devemos redobrar todos os aspectos com a segurança na pilotagem com chuva. Os pneus e freios perdem boa parte de sua eficiência, o piso fica escorregadio, a visibilidade diminui e muitas outras dificuldades acontecem. Em condição de chuva reduza a velocidade e procure pilotar com muito mais cuidado e atenção.

Excesso de confiança:
Aprenda a controlar sua adrenalina e suas emoções, preserve sempre suas habilidades, não basta pilotar bem, é necessário conseguir distinguir com clareza todas as situações de risco. Normalmente após algum tempo pilotando motocicletas sentimo-nos mais à vontade e seguros e então “baixamos a guarda”, quando isso acontece os acidentes são inevitáveis.

Respeite a motocicleta e os seus limites:
Se você pilotar respeitando a características especiais da motocicleta e acima de tudo respeitando seus próprios limites, alem de ter em suas mão um excelente meio de transporte terá um veiculo que poderá proporcionar diversas alegrias por muitos e muitos anos.

Tomás André dos Santos – tasmotos

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Tabela para Manutenção e Conservação de Motocicletas.

Para os verdadeiros motociclistas, a manutenção e conservação da motocicleta é uma atividade constante.
Itens com sugestões e dicas de atividades ligadas à manutenção e conservação da motocicleta.
Tabela para consulta rápida em ordem alfabética.

Bateria:
Examinar periodicamente a integridade da mangueira de respiro da Bateria.
Examinar periodicamente o nível da Solução da Bateria.
Nunca tentar abrir a Bateria quando esta for do sistema “selado”.

Cabos:
Examinar periodicamente as folgas dos cabos do acelerador, embreagem, freio, e afogador.
Lubrificar periodicamente os cabos do acelerador, embreagem, freio, afogador, conta giros e velocímetro.
Realizar a troca dos cabos quando o desgaste estiver elevado. (acelerador, embreagem, freio, afogador).

Carburador:
Proceder periodicamente à limpeza e regulagem do (s) carburador (es).

Escapamento:
Procurar utilizar sempre escapamentos com as características compatíveis com as originais.

Filtros:
Examinar periodicamente o estado de conservação dos Filtros em geral.
Fazer a substituição, nos prazos recomendados, dos Filtros em geral (ar, combustível, óleo).
Limpar periodicamente, com ar comprimido, o Filtro de Ar.
Não utilizar a motocicleta sem o filtro de ar.

Freios:
Examinar periodicamente a regulagem dos freios e o estado de conservação das pastilhas e lonas.
Examinar periodicamente a integridade das juntas dos reservatórios do fluido do freio.
Examinar periodicamente o nível do liquido de fluido de freio.
Realizar a substituição das lonas e pastilhas de freios quando estiverem com desgaste elevado.
Reduzir a velocidade gradativamente, evitar paradas bruscas, e o conseqüente desgaste excessivo dos freios.

Geral:
Examinar periodicamente o reaperto dos parafusos básicos mais importantes da motocicleta.
Não deixar a motocicleta muito tempo parada sem utilização.
Não transportar objetos de maneira inadequada e insegura, utilizar bauletos, bolsas e alforjes.
Nunca utilizar chaveiros pesados, esse procedimento compromete a durabilidade do “miolo” de contato.
Nunca utilizar produtos químicos de uso profissional ou industrial na lavagem de sua motocicleta.
Realizar nas concessionárias da marca, as revisões obrigatórias com a finalidade de não perder a garantia.
Realizar periodicamente manutenções preventivas junto a um mecânico de confiança.
Realizar periodicamente uma lavagem completa na motocicleta.

Injeção Eletrônica:
Proceder periodicamente à limpeza e regulagem do(s) bico(s) de injeção eletrônica.

Lâmpadas:
Examinar periodicamente o funcionamento de todas as lâmpadas da motocicleta.
Não substituir as características das lâmpadas originais sem orientação técnica.

Motor:
Não conduzir rotineiramente a motocicleta em regime constante de alta rotação.
Não elevar os giros do motor logo a pós a partida inicial, aquecer o motor aumentando gradativamente a rotação.
Procurar utilizar combustível de boa qualidade evitando os postos de combustíveis “sem bandeira”.
Utilizar preferencialmente o cavalete central, a fim de nivelar e equalizar o combustível nos carburadores.
Verificar no manual de proprietário as velocidades e o giro ideal para amaciamento do motor.

Óleo do Motor:
Efetuar a troca do óleo do motor na quilometragem recomendada pelo fabricante da motocicleta.
Examinar periodicamente o nível do Óleo do Motor.
Realizar a troca de óleo, com as marcas e especificações feitas pelo fabricante da motocicleta.

Pneus:
Examinar periodicamente a Pressão dos Pneus (Calibragem).
Examinar periodicamente o estado de conservação dos Pneus
Realizar imediatamente a troca dos pneus quando os mesmos estiverem com desgaste elevado.
Utilizar sempre os pneus com as características especificadas pelo fabricante.

Radiador:
Examinar periodicamente o nível do liquido arrefecimento.

Rodas:
Examinar periodicamente nas rodas raiadas, o alinhamento do aro e o aperto dos raios.
Exigir que as montagens de rodas e pneus sejam feitas somente com maquinas.
Refazer o balanceamento das rodas em todas as trocas de pneus.

Suspensões:
Engraxar periodicamente os bicos de graxa nas suspensões que contam com esse dispositivo.
Examinar periodicamente a capacidade de ação e trabalho das suspensões.
Examinar periodicamente o alinhamento da suspensão dianteira.
Examinar periodicamente o nível de óleo dos amortecedores dianteiros.

Tanque de Combustível:
Examinar e limpar periodicamente todo o sistema da torneira de combustível.
Lavar periodicamente a parte interna do tanque de combustível.
Procurar andar sempre com o tanque cheio, evitar que entre na reserva.

Transmissão Secundaria por Corrente:
Efetuar periodicamente a lavagem da transmissão secundaria, retirando toda lubrificação antiga.
Efetuar a troca do conjunto de transmissão quando não for mais possível esticar a corrente.
Examinar periodicamente o estado de conservação dos componentes do conjunto de transmissão.
Lubrificar, com óleo Sae 90, a cada 500 km a corrente de transmissão.
Realizar periodicamente a regulagem da folga na corrente de transmissão.

Transmissão Secundaria por Cardã:
Efetuar a troca do óleo da caixa na quilometragem recomendada pelo fabricante da motocicleta.

Transmissão Secundaria por Correia:
Examinar periodicamente possível folga da correia de transmissão.
Efetuar a troca da correia na quilometragem recomendada pelo fabricante da motocicleta.

Importante:
A relação acima deve servir apenas como um lembrete e um rápido check-list.
Com objetivo de que a relação seja genérica e consiga abranger o maior numero de motos e situações, a mesma não pode ser rica em detalhares, como prazos, quantidades, etc.
É impossível concluir que esta lista seja completa com todos itens necessários para manutenção e conservação de todos tipos e modelos de motocicletas.


Tomas André dos Santos – tasmotos
www.tasnaweb.com

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Uso do Bauleto em Motocicletas

Opção adequada:
O uso de bauleto é a opção mais adequada e correta para o transporte diário de objetos diversos como luvas, capacetes, etc. Indispensável também em longas viagens para acomodação correta das bagagens.

Questão conceitual:
A maior resistência contra o uso de bauletos ocorre por parte dos motociclistas mais jovens. O argumento é que ele compromete a estética original da motocicleta. Seu uso é realmente inviável nas motocicletas superesportivas. Nas demais motocicletas crescem a cada dia o volume de adeptos desse importante e pratico acessório. Atualmente já é impossível ver uma Big Trail sem seu vistoso conjunto de “case”. Muitas custons do segmento Turing também já vem de fabrica com seu conjunto de “case”, bolsas ou alforjes originais. Recentemente muitos fabricantes de bauletos já estão a disponibilizando também conjuntos específicos para as motos Nakeds.

Praticidade de Uso:
Atualmente todos os bauletos são facilmente removíveis de sua base de suporte. Os fabricantes sofisticaram também o sistema de fechaduras, com apenas uma chave é possível abrir o bauleto ou retirá-lo de sua base de suporte.

Transporte Seguro:
Quando se transporta bagagem de forma adequada nos bauletos aumenta-se muito a segurança de pilotagem no transito e em longas viagens. Transportar capacetes reservas no braço ou nas famosas “aranhas” são soluções que apresentam alto risco para a pilotagem.

Solução para conservação da Motocicleta:
Quando se transporta acessórios e bagagens de forma improvisada em locais não adequados como sobre o tanque ou sobre a rabeta da motocicleta é comum após a viagem observar sinais de desgastes, arranhões e riscos nesses locais, danificando assim definitivamente a pintura. O uso do bauleto evita esse tipo de problema.

Conjuntos completos:
Os fabricantes mais tradicionais disponibilizam atualmente conjuntos completos com bauleto traseiro “top case” e bauletos laterais, com seus respectivos suportes. Lembrando que a opção de baús laterais deve ser feita apenas para as motocicletas de maior porte, em especial as Big Trails utilizadas em longas viagens quando se necessita levar um volume maior de bagagem. Seu uso diário na cidade não é aconselhável, os baús laterais deixam a moto “mais larga” dificultando assim sua circulação entre os veículos.

Comprometimento da Estabilidade:
Muitos motociclistas têm receio que o bauleto comprometa a estabilidade da motocicleta em altas velocidades em rodovias. Na pratica o que se observa é que quando a motocicleta esta com garupa e bauleto em velocidade normal de cruzeiro não existe nenhum comprometimento da estabilidade. É aconselhável reduzir a velocidade em trechos de longas retas “descampadas” quando se viaja com o bauleto traseiro sem garupa.

Capacidade de Carga:
Atualmente a maioria dos fabricantes disponibilizam bauletos em diversos modelos com as mais variadas capacidades volumétricas de carga. É muito importante que o motociclista antes de escolher seu bauleto, pesquise junto ao fabricante da motocicleta, qual é a capacidade máxima de carga sobre a parte traseira da motocicleta. Para se pilotar com segurança, é muito importante também não exceder essa capacidade de carga.

Instalação Correta:
Ao adquirir o bauleto, é comum a base de suporte não ser do mesmo fabricante do bauleto, ou então não ser adequado para seu modelo e tipo de motocicleta. Em muitos casos essa instalação pode comprometer sua segurança e a durabilidade de componentes originais da moto. Procure adquirir o suporte do mesmo fabricante do bauleto, e fazendo a instalação do suporte no mesmo local que vendeu o bauleto e não se esqueça de exigir nota fiscal e garantia total do conjunto total instalado.

Tomas André dos Santos – tasmotos

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Conservação das Pinturas das Motocicletas

1- Considerações Iniciais

1.1 - Diversas soluções:
Existem muitas maneiras se conservar as partes pintadas das motocicletas utilizando-se as mais variadas técnicas e opções de produtos. As sugestões apresentadas nesta matéria são apenas algumas dessas maneiras, e não tem a pretensão de ser a palavra final sobre o assunto.

1.2 - Fundamento:
Este texto e as soluções apresentadas surgiram do resultado pela busca de uma proposta para conservação da pintura de motocicletas, que fosse acima de tudo simples, barata e segura para as partes pintadas da motocicleta em especial o tanque de combustível, os para lamas, as laterais, etc.

1.3 - A quem se destina:
Este trabalho se destina especificamente para aqueles motociclistas que preferem cuidar pessoalmente de sua motocicleta e acima de tudo que “curtem” conservar sua motocicleta, mantendo-a sempre com boa apresentação visual. E ainda que gostam de discutir e debater esse tipo de assunto com outros amigos motociclistas.

1.4 - Eficiência e Segurança:
Um dos pontos pretendidos nesse trabalho é o ponto de equilíbrio entre eficiência e segurança para a pintura. De nada adianta um produto ser excelente para remover qualquer tipo de sujeira das pinturas, se ele não for utilizado de forma adequada para cada situação especifica da pintura da motocicleta.

1.5 - Marcas de Produtos:
A finalidade desta matéria é passar orientações praticas e fundamentos, não é interesse desta matéria citar marcas de produtos. Portanto com o objetivo de evitar problemas comerciais e mercadológicos, marcas não serão citadas, nem haverá discussão e comparação entre as marcas comerciais existentes no mercado. Cabe a cada motociclista pesquisar e adquirir produtos da marca que for de sua conveniência.

1.6 - Forma de apresentação do texto:
Por se tratar de uma matéria técnica com objetivos práticos que visa atender motociclistas com os mais variados níveis de conhecimento e expectativas, a riqueza de detalhes é vital para a explanação e compreensão geral do assunto, se tornando impossível resumi-lo. Para tentar contornar esse problema procurei colocar o maior numero de parágrafos com itens e sub itens, visando facilitar assim a busca do assunto especifico de interesse de cada leitor.

2 - Introdução:

O visual das partes pintadas da motocicleta esta diretamente relacionado com a conservação dessas partes. Com a ação do tempo e a falta de manutenção a pintura vai ficando "feia", ou seja, opaca, riscada, sem brilho, se a motocicleta for periodicamente lavada, ela ficara naturalmente conservada. Imagine que quando você lava, em especial quando você passa o pano e remove os micro-sedimentos, e então a pintura se manterá sempre conservada.

3 - Os tipos de pinturas existentes:

As pinturas automotivas em geral, utilizada nas motocicletas, se dividem em dois tipos básicos, as Pinturas Sólidas e as Pinturas Metálicas.

3.1 - Pinturas Sólidas sem Verniz:
É um tipo de pintura mais antigo, atualmente sua utilização é muito restrita.
Em geral são as pinturas que não contam com a proteção do verniz.
São aquelas que não tem aspecto brilhante e cintilante.
As cores mais comuns encontradas neste sistema são o branco, o amarelo, o vermelho e o preto.
Esse tipo de pintura é muito sensível à ação do tempo, em especial do sol.
Com o passar do tempo ela vai perdendo o brilho, se tornando opaca e sem vida.
Por não ter a proteção do verniz esse tipo de pintura é muito sensível à ação das ceras limpadoras e polidoras, em geral quando se aplica esse produto, o pano de aplicação fica com a coloração da pintura.
Nesse tipo de pintura não se aconselha a utilização de produtos com elevado poder de abrasão.

3.2 - Pinturas Metálicas com Verniz:
É o tipo de pintura mais comum encontrado atualmente em veículos e motocicletas.
Em geral são as pinturas que contam com a proteção do verniz.
São aquelas que tem aspecto mais brilhante e cintilante.
Nesse nos caso dessas pinturas protegidas com verniz, e quando buscamos uma solução, é para o verniz que estamos planejando essa ação.
Se for uma cor metálica com verniz, em hipótese alguma devera soltar tinta na aplicação da cera, mesmo com massa de polimento, ao menos que algum produto químico tenha comprometido o verniz, e assim ele poderá ser removido ao encerar.

4 - Identificando o Estado de Conservação da Pintura:

4.1 - Pinturas Muito Detonadas:
São aquelas pinturas onde o verniz encontra-se sem brilho, muito opaco, e também com muitos riscos, nesse caso o acumulo de micro sedimentos é bem elevado. Para esses casos, após a lavagem, utiliza-se um produto para encerar com maior poder de abrasão, na realidade esse trabalho consiste em remover a parte superior do verniz, é por isso que tem muita gente que diz que não se deve encerar muito a moto. Esse procedimento é recomendado somente para essas pinturas bastante detonadas, geralmente é nesta situação se encaixam os serviços de cristalização, revitalização, etc. Por experiência acredito que cerca de 20% das motocicletas se encaixam neste caso.

4.2- Pinturas levemente detonadas:
São aquelas pinturas onde o verniz encontra-se levemente sem brilho, e também pode ser visto alguns riscos, nesse caso o acumulo de micro sedimentos é médio. Para esses casos, após a lavagem, utiliza-se produto para limpeza com pouco poder de abrasão, na realidade esse trabalho consiste em remover os riscos leves e os micros sedimentos incrustados na parte mais superficial do verniz. Por experiência acredito que cerca de 60% das motocicletas se encaixam nessa situação. Nesses casos o procedimento de encerar a moto pode ser feito com uma cera mais “fina”, com baixa abrasividade, e sem muita pressão, imagine que nesse momento você ira retirar somente os micro-sedimentos que estão fixados sobre verniz, sem iniciar um processo de desgaste nele. Ou seja, vai realmente limpar o verniz. Você descobrira no ato se o serviço esta sendo eficiente ou não, para isso basta usar uma flanela branca e limpa, e observar se a mesma ficou "suja".

4.3 - Pinturas novas ou bem conservadas:
São aquelas pinturas que apresenta apenas riscos bem leves e quase sem acumulo de micro sedimentos, nesse caso não existe a necessidade de se remover quase nada. Nessa situação encontram-se a motos novas a as motos bem conservadas. Por experiência acredito que cerca de 20% das motocicletas se encontram nessa situação. Para esses casos, após a lavagem são recomendados apenas a aplicação de produtos para brilho, normalmente os produtos de uso domestico, como lustra moveis e outros se adaptam bem a essa situação.

5 - Os produtos e suas aplicações:

Os produtos para limpeza e conservação das pinturas em geral são formados por três componentes básicos: solventes líquidos, abrasivos e ceras. Os solventes líquidos são responsáveis pela limpeza química de resíduos e sujeira, os abrasivos são talcos muitos finos e são responsáveis pela remoção mecânica do material sedimentado, e a ceras em geral são responsáveis pelo brilho e proteção. Os produtos existentes no mercado se agrupam em categorias especificas para cada tipo de necessidade e utilização, relacionados conforme as categorias:

5.1 - Produtos e Serviços Profissionais:
Existe uma gama enorme de ceras e polidores especiais para uso profissional para serem utilizados em serviços profissionais como polimento, cristalização, revitalização, etc. Em geral esses produtos tem aplicação automobilística, quase sempre são utilizados com maquinas de polir, etc. Através de minha experiência com base na observação de diversos casos realizados em motocicletas, que apresentaram resultados nada satisfatórios, eu não aconselho a utilização desses serviços e produtos nas motocicletas em geral. Meu principal argumento é que as peças pintadas das motocicletas são de tamanho reduzido, com muitas curvas e poucas áreas livres que não facilitam a utilização de equipamentos profissionais. Por outro lado esses produtos não têm a mesma eficiência se aplicados de maneira manual. Outro fator importante a se considerar é que se a pintura da motocicleta for adequadamente conservada, não existira a necessidade da utilização desses serviços e produtos.

5.2 – Massas para Polimento:
São aqueles produtos utilizados para remover com bastante eficiência a camada superior da pintura ou do verniz, em geral são de uso profissionais, normalmente encontrados em casas que vendem tintas e produtos para pintura automotiva. São classificas conforme a gramatura de seus abrasivos, existem as “grossas”, “médias”, “finas” ou “numero 1”, “numero 2”, etc. No uso não profissional geralmente são utilizadas para remover arranhões e riscos mais profundos. Pelo elevado desgaste que causam na pintura sua utilização não é aconselhada para a conservação no dia a dia das pinturas de motocicletas. Sua aplicação é mais “pesada” e sua remoção é bem mais difícil.

5.3 – Ceras Automotivas:
A ceras para limpeza e conservação das pinturas automotivas são produtos facilmente encontrados em hipermercados e supermercados. São os produtos mais utilizados por quem gosta de cuidar pessoalmente da pintura de automóveis e motocicletas. Existe uma variedade imensa de marcas e tipos, disponíveis na consistência pastosa ou liquida.
A diferença básica com relação à massa de polimento, é que seus abrasivos em são mais finos, e dessa forma é muito mais fácil e mais segura de ser utilizada.
De preferência para as ceras liquidas, como a pintura das motos tem muitos detalhes, entranhas, rebarbas, adesivos, etc. ela ira deixar menos resíduos nesses locais.

5.4 – Limpadores e Ceras sem Abrasivos:
Existem muitos produtos de uso domestico que podem ser utilizados para limpar e dar brilho, como por exemplo, o lustra moveis. Esses produtos são identificados por não possuírem nenhum tipo de abrasivo. Devem ser aplicados após a lavagem das motocicletas com pinturas novas ou bem limpas que não apresentem sedimentação de sujeira. Existem também produtos profissionais com essas características, a base de ceras como a de carnaúba, mas sua comercialização é mais restrita, em geral são mais difíceis de serem encontradas.

5.5 – Xampus Especiais com Proteção:
Atualmente existem xampus para lavagem que contem em sua formula algum tipo de produto como o silicone ou ceras especiais, que quando se enxuga à pintura ela fica com uma espécie de revestimento, um filme, que ira dar brilho e proteção. Esses xampus são aconselhados para a lavagem de motocicletas novas e motocicletas com pintura bem limpa sem incrustações. O ideal é utilizá-lo nas lavagens mais rápidas onde não se pretende fazer um acabamento mais esmerado. Nessa linha existem também ceras liquidas para serem utilizados após a lavagem com a pintura ainda molhada. Mas esses produtos são de uso exclusivamente profissionais, normalmente utilizados por lava rápidos automotivos.

5.6 – Ceras Tipo Auto Brilho:
Existem ainda as ceras profissionais tipo auto brilho, que também não contem abrasivos e são bem mais eficientes, mas também bem mais caras normalmente sua formula resulta na formação de películas que dão muito brilho e proteção, em geral sua base é de carnaúba. Devem ser aplicadas na pintura após a utilização ceras de limpeza, a aplicação é manual, mas exige certo conhecimento profissional para ser usada.

6 – Aplicando a Cera:

6.1 - Escolha uma área especifica de cada vez onde você ira trabalhar com a cera, por exemplo: tanque, para lama dianteiro, lateral direita, lateral esquerda, rabeta, etc.
6.2 - Envolva uma das laterais de uma flanela em apenas dois dedos (indicador e médio).
6.3 - Coloque uma quantidade bem pequena de cera na parte do pano que recobre as pontas internas dos dedos, e com a outra mão espalhe bem a cera sobre o pano antes de começar a aplicar, essa operação visa reduzir o excedente de cera a fim de evitar que as sobras se alojem em frestas e frisos.
6.4 - Com as pontas internas desses dois dedos, passe nas peças iniciando pelo centro e pelos locais mais amplos, essa etapa também tem a função de reduzir o volume de cera em utilização, antes de chegar nos locais com frisos e frestas.
6.5 - Conforme a cera vai secando e também ficando com menos quantidade no pano você vai então se deslocando para os locais onde existe a possibilidade de acumular excessos de cera.
6.6 - Vá passando com pressão média, lembrando que essa etapa tem função de remover os sedimentos e micro sedimentos incrustados no verniz e reduzir os riscos.
6.7 - É nessa etapa que você devera remover incrustações visíveis como restos de insetos solidificados, riscos maiores, etc. Nesse caso, se necessário você deve aumentar pressão dos dedos.
6.8 - Repita essa atividade quantas vezes forem necessárias para remover todos essas incrustações e riscos até cumprir a completa limpeza de toda área escolhida.
6.9 - Imediatamente após essa etapa, pegue uma flanela limpa e seca e com a palma da mão faça a remoção de todo excesso de cera que neste momento já estará secando.
6.10 - Vá passando com pressão leve, e a cada momento reduzindo a pressão, lembrando que essa etapa tem a função de dar polimento e gerar o brilho.
6.11 - Essa etapa só acaba quando a pintura estiver completamente polida e brilhando.
6.12 - Escolha uma nova área especifica para trabalhar e reinicie todo o processo.

7 – Dicas Gerais:

7.1 - Outros Produtos:
Existe ainda uma serie de outros produtos voltados para aplicações especificas como, por exemplo, nos cromados, esses produtos tem sua ação mais química, realizada pela sua parte liquida, sendo seu abrasivo finíssimo a fim de não riscar o cromado. Em geral não são aconselhados para pinturas automotivas. Cuidado com produtos não específicos que podem detonar com a pintura, em especial solventes e reagentes muito fortes.

7.2- Mistura de Produtos:
Apesar de classificar acima as pinturas em geral quanto ao seu estado de conservação em apenas três categorias, na realidade existe uma infinidade de possibilidades de acordo com o estado de conservação e limpeza de cada motocicleta. Dessa forma você pode ainda misturar produtos para conseguir soluções especificas para cada um desses casos. Você pode assim trabalhar, por exemplo, com concentração de produtos mais ou menos abrasivos, misturados com produtos que dão mais brilho etc. E assim conseguir um novo produto com a exata concentração para o local que se pretende usar.

7.3 - De preferência para as Ceras Liquidas:
Procure dar preferência paras ceras liquidas, como a moto tem muitos detalhes, entranhas, rebarbas, adesivos, etc. esse tipo de cera é a que deixa o menor excesso nesses locais. As ceras pastosas têm mais facilidade de se alojarem em frisos e pequenos detalhes da pintura, deixando aquelas famosas marcas brancas de cera, que após estarem secas são de difícil remoção.

7.4 – Outras aplicações:
Na realidade todo o conceito para conservação de pinturas é genérico, e você pode adequar o conhecimento aprendido para utilizar em qualquer local pintado como capacetes, automóveis, eletrodomésticos, etc.

7.4 – O Segredo esta na experiência:
Apesar desta matéria visar transmitir conhecimentos específicos sobre a conservação de pinturas de motocicletas, o verdadeiro aprendizado esta na realização efetiva dessa atividade. Quanto mais você praticar e também trocar experiências com outros amigos motociclistas melhor resultado e eficiência você conseguira.

Tomás André dos Santos - tasmotos

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Conservação do Visual dos Motores de Motocicletas

Com exceção das motocicletas esportivas que tem seu motor envolvido pela carenagem, as demais categorias de motocicletas, têm o motor totalmente aparente, dessa forma o motor acaba fazendo parte do visual total da motocicleta. Inclusive, sendo essa uma das características mais marcantes das motocicletas.
Quando falamos da aparência geral dessa motocicleta, significa que de não adianta deixar tanque, laterais e rodas limpos e bonitos se o motor também não tiver com uma boa aparência.
Em razão do motor e seus componentes trabalharem em regime de altas temperaturas, sua conservação e limpeza merecem uma atenção especial.

- Motores Novos
O motor novo (zero km) vem de fabrica com alguns detalhes que devem ser observados, como o excesso de graxas e óleos utilizados na montagem, excesso de cola nas juntas do motor e também os adesivos em geral colados no motor.
Em virtude da temperatura elevada, esses componentes podem fundir-se, formando incrustações nas paredes externas, processo esse que iniciara a geração de manchas no motor.
Logo após a retirada da motocicleta da concessionária, é aconselhável fazer uma lavagem detalhada no motor da motocicleta com a finalidade remover todos esses detalhes. Para isso utilize uma mistura de querosene com sabão liquido com concentração maior de querosene, muitos pinceis e escovas.

- Tipo de refrigeração
Outro fator determinante na conservação do visual dos motores esta relacionado ao tipo de refrigeração do motor.
O motor de refrigeração a ar em geral apresenta temperaturas bem mais elevadas em suas peças externas do que o motor de refrigeração liquida. As ligas dos materiais também são diferentes, as ligas dos motores refrigerados a ar se dilatam mais que a liga dos motores de refrigeração liquida. Nos motores a ar as aletas de refrigeração dos cilindros são maiores que nos motores de refrigerados liquida. Nos motores a ar, com a finalidade de reter maior capacidade de ar, os materiais apresentam uma “rugosidade” e “porosidade” maior. Todos esses detalhes juntos irão fazer que a parte superior dos motores refrigerados a ar seja mais difícil de serem conservados. Em conseqüência, esse fator exige maior atenção e cuidado na conservação dos motores de refrigeração a ar, em especial na sua parte superior, ou seja, nas aletas dos cilindros.

- Terra: O grande inimigo
Apesar de muitos motociclistas se preocuparem com o acumulo de graxa e óleo no motor, na realidade o maior vilão da conservação do motor é a terra. Por mais sujo de graxa e óleo que o motor esteja, basta uma boa lavagem que ele fica bonito novamente.
Já a terra e o barro em contato com as peças que atingem grandes temperaturas como as aletas dos cilindros dos motores a ar e os escapamentos, se transformam em cerâmica e se fundem com essas peças, tornando muito difícil sua remoção.
Para contornar esse problema, é de vital importância que o motor seja lavado o mais breve possível, sempre que receber terra ou barro nessas partes.
A sedimentação de terra no motor muitas vezes ocorre de forma gradativa, num primeiro momento o motociclista não percebe o problema, depois de algum tempo o motor fica todo “avermelhado”, isso é muito comum de ser verificado nas motos off-road.

- Os Motores Harley Davidson
Os motores das motocicletas Harley Davidson estão entre os que apresentam umas das mais altas temperaturas na sua parte externa. Atualmente, esses motores têm dois tipos de acabamento, um deles é a pintura em preto fosco, o outro é a liga de alumínio na cor natural. Após o uso em dias de chuva ou locais onde os motores recebem terra e barro, é muito importante que essas partes sejam imediatamente lavadas, caso contrario ocorre rapidamente o processo de “colagem” desse material com a pintura preta ou com o alumínio natural, deixando-o permanentemente “avermelhado”.

- Escapamentos
Por atingirem temperaturas elevadíssimas, os escapamentos são os locais de mais difícil conservação, em especial na sua parte mais próxima à saída do motor. Dificilmente os escapamentos ficam “bonitos” a vida toda. Os escapamentos cromados são os mais fáceis de serem limpos, pode-se utilizar palha de aço grossa conforme descrito em matéria especifica que tenho sobre o assunto. Os Escapamentos de aço inox e os de alumínio são mais complicados de serem limpos, pois qualquer tipo de escova ou bucha risca facilmente os mesmos. Em muitas situações pode-se usar massa de polimento para limpeza desses escapamentos. Existe ainda o escapamento pintado de preto fosco, esses são os mais difíceis de serem limpos, pois sua tinta, que tem base mineral se solta com facilidade com o atrito de buchas. Pode-se usar uma bucha tipo scoth-britte que esteja velha, ou seja, com menor poder de abrasão, prestando atenção para não fazer muita pressão ao aplicar.

- Limpezas milagrosas
Em virtude da dificuldade de remover graxa ou terra de motores, muitos motociclistas e locais de lavagem, acabam apelando para produtos químicos mais fortes como desengraxantes pesados tipo “solupan”, ou produtos para limpar alumínio tipo “ativado”. O uso desses produtos é totalmente desastroso para muitos componentes dos motores das motocicletas. Não só comprometem visualmente as peças, mas também prejudicam a vida útil de muitas delas.

- Lavar sempre
O grande segredo da conservação do visual externo dos motores de motocicletas é a lavagem freqüente. Somente a lavagem freqüente evita a sedimentação continua de materiais diversos que com a ação da temperatura vão se fundindo no motor. Sendo de vital importância a lavagem do motor da motocicleta logo após uma chuva quando o motor recebe muita lama ou barro das ruas e estradas sujas.

Tomás André dos Santos – tasmotos

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Uso de Capas em Motocicletas

A opção de utilização de Capas para proteção de Motocicletas é um assunto que deve ser bem planejado.

1 – Eficiência
As capas protetoras para cobertura de motocicletas não são soluções 100% eficientes, e tem contra indicações.

2 – Quando Utilizar
Somente utilize capas protetoras quando a motocicleta for ficar parada por muito tempo, ou seja, algo superior a mais de trinta dias.

3 – Uso diário
Não é aconselhável ficar tirando e colocando a capa diariamente, esse processo poderá riscar toda a pintura da motocicleta. Esse procedimento só se justifica se a moto ficar exposta diretamente ao sol e chuva.

4 – Uso em Garagens
Se a moto for ficar em local semi-aberto, mas com proteção contra o sol e chuva, como as garagens, dispense o uso da capa, é preferível posteriormente lavar a motocicleta para retirar o pó que ficara sobre ela.

5 – Tipos de Capas
Evite as capas pesadas (curvin, courina, napa, etc.), elas são de difícil manuseio e riscam a pintura, e também são difíceis de lavar.

6 – Motores Quentes
Não coloque a capa sobre a moto com o motor ainda quente, sempre existe o perigo de queimar a capa na saída do escape. Alem disso, acontecera à formação de vapores e umidade na moto, que propiciará o inicio do processo de oxidação em varias partes e peças da motocicleta.

7 - Capas para Tanque
As capas para o tanque também são proteções com eficiência duvidosa. Aconselha-se periodicamente remover a capa para lavar e encerar o tanque. Se a capa ficar no mesmo local por muitos meses, em virtude da retenção de umidade todo o tanque ira oxidar.

Tomás André dos Santos – tasmotos

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Conservação de Motos Esportivas

1- Considerações Iniciais

1.1 - Diversas Sugestões:
Existem muitas sugestões e soluções para a conservação de motocicletas em geral. As sugestões aqui apresentadas são apenas algumas delas, portanto não se tem a pretensão de abranger totalmente e esgotar o assunto nesta única matéria.

1.2 - Fundamentos:
No meu dia a dia, com a pratica na lavagem de motos e informações obtidas em sites, blogs, fóruns e revistas especializadas, acumulei muitas informações sobre conservação de motos, inclusive das motos esportivas, acrescentei a isso uma releitura contendo minhas experiências e meu pensamento sobre o assunto.

1.3 - A quem se destina:
Este trabalho se destina especificamente para motociclistas que possuem motos esportivas, tem prazer em cuidar de sua motocicleta, e gostam de discutir e debater esse tipo de assunto com outros amigos motociclistas.

1.4 - Consolidação:
Já escrevi muitos textos sobre conservação de motocicletas em geral, portanto alguns desses itens, que são de uso geral também aparecem em outros textos. O objetivo foi consolidar em um único texto todas questões especificas a conservação de motos esportivas.

1.5 - Marcas de Produtos:
Com o objetivo de evitar problemas comerciais e mercadológicos, eventuais marcas de produtos não serão citadas, nem haverá discussão e comparação entre as marcas comerciais existentes no mercado. Cabe a cada motociclista pesquisar e adquirir produtos da marca que for de sua conveniência.

1.6 - Apresentação do texto:
Esta matéria visa atender motociclistas com os mais variados níveis de conhecimento e expectativa. Para sua compreensão geral foi necessário fazer explanações detalhadas, sendo impossível reduzi-la. Com o objetivo de contornar esse problema foi colocado um grande numero de itens, visando facilitar a busca do assunto especifico de interesse de cada leitor.

2 - Sugestões de Conservação

2.1 - Utilização da Motocicleta:
Não fique muito tempo sem utilizar sua motocicleta, um dos fatores mais importantes para a conservação das motos em geral é o seu uso freqüente. Deixá-la parada, sem uso por certo tempo é prejudicial para todos os componentes como: pneus, tanque de combustível, bateria, carburadores, e outros.

2.2 - Lavagem da Motocicleta:
Não deixe de lavar sua motocicleta por muito tempo, isso é prejudicial para sua conservação, alguns sedimentos e micro sedimentos se fundem em todos os materiais, esses pontos de sujeira irão funcionar como retentores de umidade e serão os causadores do inicio da oxidação. Portanto deve-se rotineiramente lavar, secar bem, e encerar sua motocicleta com produtos adequados.

2.3 - Uso de Chaveiros:
Não utilize chaveiros e chaves diversas junto com a chave da motocicleta, pois o volume e o excesso de peso das chaves diminuem a vida útil do miolo da fechadura, e acabam arranhando toda as partes onde tem contato, como da mesa da suspensão dianteira, e outras.

2.4 - Carenagem - Áreas Fechadas:
A motocicleta esportiva tem uma característica que difere das demais, seu motor e outros componentes ficam acondicionados no interior da carenagem. Isso ira fazer que essas peças acumulem muita sujeira que resulta no acumulo de materiais diversos, formando “crostas” que são retentores de umidade, por sua vez pode comprometer muitos componentes das mais variadas composições. Essa característica gera também uma dificuldade maior para a limpeza, pois o acesso aos componentes internos é mínimo. Por tudo isso se deve sempre tentar lavar o mais internamente possível, e isso pode ser feito com auxilio de pinceis e escovas longas a fim de conseguir acessar todas as partes internas.

2.5 - Carenagem - Remoção para Lavagem:
Evite remover pessoalmente a carenagem para limpeza de sua motocicleta, a desmontagem e a montagem em geral são muitos complexos. Existem certas ocasiões que alguns serviços mecânicos feitos em oficina, exige a remoção da carenagem, aproveite esse momento para lavar com mais eficiência o motor e as partes que ficam sob a carenagem. Durante a realização do serviço, antes da recolocação da carenagem, veja se seu mecânico pode lavar essas partes, ou então você leva em um local especializado, ou lava você mesmo, após a conclusão da lavagem seu mecânico pode recolocar a carenagem.

2.6 - Corrente de Transmissão:
Sob o ponto de vista de conservação, um dos componentes mais discutidos dos motociclistas das esportivas é a manutenção e conservação da corrente de transmissão. Nunca realize longas viagens sem lubrificar sua corrente. A lavagem periódica é também muito importante. Como o assunto é muito complexo, aconselho que seja feito a leitura de minha matéria sobre manutenção e conservação de corrente de motocicletas postado neste blog.

2.7 - Perigo para rodas e pneus:
Um inimigo de todas as rodas e pneus de motos, é a urina de nossos queridos amigos caninos. Você não precisa se livrar desses fantásticos parceiros para poder conservar sua motocicleta. Basta encher quatro garrafas pets de 2 litros com água mantendo uma em cada lateral das rodas. Isso fará com que seu amigo faça suas necessidades nas garrafas e não nas rodas.

2.8 - Lava Rápidos Automotivos:
Nunca leve sua motocicleta esportiva em lava rápido de veículos, os produtos e equipamentos utilizados são inadequados para a lavagem de motos. Os produtos como o “Solupam” e o “Ativado” provocam manchas profundas em diversas peças da motocicleta, e também irão provocar a oxidação precoce de todas as peças metálicas da motocicleta.

2.9 - Áreas Pintadas:
Em geral a motocicleta esportiva tem uma área com pintura bem maior que as demais motocicletas. Nunca passe flanela seca sobre a pintura com pó. Para conservar a pintura sempre bonita basta lavar com xampu automotivo. Para remover sedimentos incrustados e refazer o brilho deve-se aplicar cera com baixa abrasividade. As ceras tipo autobrilho também são uma boa opção porque formam uma película protetora sobre a pintura.

2.10 - Fluido de Freio:
Com bastante freqüência examine visualmente a integridade da junta das tampas dos reservatórios de fluidos de freios, em especial o da frente que fica sobre o semiguidão, é comum se verificar vazamentos, o fluido de freio é altamente corrosivo e “detona” todo local onde tem contato.

2.11 - Bolhas e Pára-brisas:
As motocicletas esportivas possuem suas bolhas e pára-brisas confeccionados em materiais diversos, sendo sua maioria em acrílico. Deve-se ter muito cuidado com sua limpeza. O pó acumulado ocasiona riscos na hora da lavagem. Molhe bem a bolha antes de lavar, lave com xampu automotivo com concentração elevada (bastante espuma), utilize espoja de espuma bem macia, seque com um pano bem limpo, e não utilize ceras abrasivas no acabamento.

2.12 - Capa para Motocicleta:
O uso de capa para motocicleta é uma opção que precisa ser bem planejada, deve-se escolher o modelo adequado para cada motocicleta, evitar as muito pesadas. O ideal é utilizá-la somente quando a motocicleta for ficar muito tempo sem rodar. Não colocá-la quando a motocicleta estiver suja, pois a mesma ira riscar a pintura. Não colocá-la quanto o motor estiver quente, alem da possibilidade de queima e incêndio pelo contato com partes muito aquecidas como o escapamento, ao se colocar a capa sobre a motocicleta quente ela ira formar umidade (vai suar) e essa umidade será a responsável pelo inicio de um processo de oxidação.

2.13 - Adesivos como proteção:
Muitos motociclistas de motos esportivas quando vão fazer longas viagens, têm o habito de colar provisoriamente adesivos tipo “contacto” nos locais mais vulneráveis da motocicleta, como bico do para lama dianteiro e parte frontal da carenagem. Com isso consegue-se uma boa proteção contra pedriscos, e também nas laterais do tanque, nas laterais da rabeta traseira, afim de protegê-las da abrasão das pernas e das mochilas. Atualmente existem profissionais que fazem uma adesivagem quase que completa na motocicleta, utilizam produtos profissionais que tem uma durabilidade muito maior, e quando desejar basta removê-los, que as peças que estavam protegidas estarão como novas. È uma opção muito interessante, pois se pode customizar a motocicleta com esse trabalho, caso não queira mais essa customização basta remover os adesivos e fazer outra.

2.14 - Bolsas e Alforjes:
As Bolsas e Alforjes são opções muito utilizadas em viagens, se possível devem ser utilizadas com suporte adequado, quando a bolsa é colocada em contato direto com a pintura da motocicleta a mesma ira riscar esses locais por abrasão, principalmente em longas viagens. Em casos de viagens esporádicas quando a bolsa tiver que ser colocada diretamente sobre a pintura, uma boa opção é colar um pedaço de plástico adesivo com cola tipo “contacto” sobre o local, após a viagem basta fazer a remoção do mesmo.

3 - Considerações Finais

3.1 - Questões Técnicas:
Sempre que relato assuntos de conservação surge algum questionamento, muitos querem saber mais detalhes técnicos sobre alguma sugestão especifica. Apesar de não ser profundo conhecedor de mecânica, estarei sempre à disposição de todos para tentar esclarecer qualquer duvida remanescente.

3.2 - Conclusão:
Obtendo êxito na conservação da sua motocicleta, sem duvida alguma ela ira durar muito mais, e também terá um ganho no seu valor de revenda.

3.3 - Experimente:
Quando começamos a nos preocupar com a conservação de nossa motocicleta percebemos que não é uma tarefa tão difícil, e nos sentimos bem melhor pois temos a sensação que estamos agindo como um motociclista mais evoluído e mais completo.

Tomás André dos Santos - tasmotos

terça-feira, 23 de junho de 2009

A mistura de produtos na lavagem artesanal de motocicletas.

1- Considerações Iniciais

1.1 - Diversas soluções:
Existem muitas maneiras se lavar motocicletas utilizando-se a mais variadas opções de produtos. A sugestão apresentada nesta matéria é apenas uma delas, e não tem a pretensão de ser a palavra final sobre o assunto.

1.2 - Fundamento:
Esta solução de lavagem surgiu do resultado pela busca de uma proposta para lavagem artesanal para motocicletas, que fosse acima de tudo simples, barata, segura para as peças e componentes da motocicleta, e que apresentasse o menor impacto possível para o meio ambiente.

1.3 - A quem se destina:
Este trabalho se destina especificamente para motociclistas que preferem cuidar pessoalmente de sua motocicleta e acima de tudo que “curtem” lavar sua motocicleta e que gostam de discutir e debater esse tipo de assunto com outros amigos motociclistas.

1.4 - Eficiência e Segurança:
Um dos fatores que se busca na lavagem artesanal é o ponto de equilíbrio entre eficiência e segurança oferecida pelos produtos utilizados. De nada adianta um produto ser excelente para remover qualquer tipo de sujeira se ele prejudicar componentes e peças da motocicleta.

1.5 - Marcas de Produtos:
A finalidade desta matéria é passar orientações praticas e fundamentos, não é interesse citar marcas de produtos. Com o objetivo de evitar problemas comerciais e mercadológicos, marcas não serão citadas, nem haverá discussão e comparação entre as marcas comerciais existentes no mercado. Cabe a cada motociclista pesquisar e adquirir produtos da marca que for de sua conveniência.

1.6 - Forma de apresentação do texto:
Por se tratar de uma matéria técnica com objetivos práticos que visa atender motociclistas com os mais variados níveis de conhecimento e expectativas, a riqueza de detalhes é vital para a explanação e compreensão geral do assunto, se tornando impossível resumi-lo. Para tentar contornar esse problema procurei colocar o maior numero de parágrafos com itens e sub itens, visando facilitar assim a busca do assunto especifico de interesse de cada leitor.


2 - Os produtos Utilizados

2.1 - Querosene:
O querosene é um composto formado por uma mistura de hidrocarbonetos alifáticos, naftalênicos, aromáticos. Por ser um hidrocarboneto (derivados de petróleo) o querosene apresenta uma oleosidade relativa natural. Ele é muito utilizado na lavagem de motocicletas, em especial nas peças e locais com muito óleo e graxa, como o motor, a transmissão secundaria por corrente, e outros. O Querosene apresenta um leve teor de gordura. Ele é bem seguro pois pode ser aplicado puro em quase todas peças da motocicleta. Lembrando que para tintas não protegidas por verniz ele funciona como um solvente, comprometendo também as pinturas de baixa qualidade como por exemplo às tintas em spray. O querosene é prejudicial para plásticos e borrachas, sendo que esses efeitos nocivos só serão percebidos em longo prazo. Sempre que for utilizado o querosene puro na lavagem deve-se enxaguar e enxugar bem a motocicleta. Dessa forma, também não se deve pulverizar querosene puro no motor e outras partes da motocicleta após a lavagem a fim de deixar esses locais brilhantes e com aspecto úmido.

2.2 - Óleo Diesel:
É outro produto derivado de petróleo também utilizado em motocicletas, em especial na lavagem das peças e locais com muito óleo e graxa, como o motor, a transmissão secundaria por corrente e outros. Ele é bem mais oleoso que o querosene, e seu maior agravante na questão da segurança é que existe enxofre em sua composição, que é altamente prejudicial para diversas peças da motocicleta. Dessa forma ele não é tão seguro como o querosene, não devendo ser aplicado puro na maioria das peças da motocicleta. Em especial não se deve utilizar o óleo diesel puro nas pastilhas e sapatas de freio pois sua oleosidade excessiva vai tornar as lonas e pastilhas permanentemente úmidas iniciando um processo que alguns mecânicos chamam de envidraçamento das lonas e pastilhas, nesse caso elas ficam brilhantes e lisas e perdem totalmente sua capacidade de frenagem. Muitas vezes esse problema não tem retorno, sendo necessário substituir essas peças. O óleo diesel em contato com algumas áreas pintadas não protegidas com verniz funciona como um solvente, comprometendo também as pinturas de baixa qualidade como por exemplo às tintas em spray. O óleo diesel também é prejudicial para plásticos e borrachas, sendo que esse efeito negativo é percebido em longo prazo. Sempre que for utilizado o óleo diesel na lavagem deve-se enxaguar e enxugar bem a motocicleta. Dessa forma também não se devem pulverizar óleo diesel no motor e outras partes da motocicleta após a lavagem a fim de deixar esses locais brilhantes e com aspecto úmido. Obs. O biodiesel é totalmente diferente, ele é mais seguro, uma vez que não contem enxofre em sua formula. A dificuldade para sua aquisição é descobrir quando e em qual posto de combustível ele esta sendo vendido.

2.3 - Xampu Automotivo
Todos sabões em geral são produtos que tem como base de sua estrutura química os ácidos graxos, em geral todos os sabões são alcalinos, mas mesmo assim o xampu automotivo em geral tem Ph mais baixo que a maioria dos sabões. O Xampu automotivo é um produto muito utilizado na lavagem de motocicletas. Este produto é viscoso e tem a coloração variada, a mais comum é a amarela. Fabricado por pequenos e grandes fabricantes tem os mais diversos nomes comerciais. Normalmente ele é encontrado em supermercados em embalagens pequenas. Ele pode ser encontrado também em lojas especializadas em revenda de material de limpeza, em especial aquelas que distribuem para lava rápido, em embalagens profissionais que em geral é de cinco litros. Também são encontrados diretamente nos fabricantes e distribuidores que podem ser pesquisados através da Internet. Sua ação apresenta bons resultados, com bastante segurança em peças pintada protegidas com verniz, como tanque, lateral e pára-lamas, com sujeira média, geralmente do resultado de acumulo recente de pó e barro. Para essa atividade ele é muito seguro. Normalmente ele é aplicado diluído em água com esponja de espuma. Apesar de ser sabão de uso profissional sua alcalinidade é baixa, ou seja não tem o ph muito elevado. Assim ele não provoca manchas na pintura.

2.4 - Sabão Liquido:
Os sabões em geral são produtos que tem como base de sua estrutura química os ácidos graxos, em geral todo sabão é alcalino, o sabão liquido em questão tem um Ph maior que o Xampu automotivo, mas seu Ph é menor que o sabão em pó domestico. Estamos falando de um produto utilizado em certas regiões do Brasil, esse produto tem a coloração azul, é viscoso, é conhecido popularmente como omo liquido ou omex. Ele não é fabricado por grandes fabricantes e também não tem nome comercial especifico. Normalmente ele é vendido a granel, ou garrafas pets de dois litros, por pessoas que comercializam produtos de limpeza em peruas e caminhonetas nos bairros diretamente ao consumidor. Existe também uma versão de sabão de coco liquido, que é a mesma coisa só muda o aromatizante e o corante. Eles podem ser encontrados também em lojas especializadas em revenda de material de limpeza, podendo ser encontrados diretamente nos fabricantes e distribuidores que podem ser pesquisados através da Internet. Ele é utilizado puro na lavagem de peças de motocicletas por mecânicos e profissionais da área. Sua ação apresenta bons resultados nas peças e locais com sujeira muito impregnada e antiga resultado do acumulo sucessivo de pó e óleo e graxa. Para essa atividade ele é seguro. Ao contrario do querosene e óleo diesel ele não age como solvente de tintas, e normalmente ele é aplicado puro nesses locais. Mas por ser um sabão de uso profissional ele é alcalino, ou seja tem o ph elevado, dessa forma ele pode provocar manchas, em especial em pinturas sem verniz e alumínios também sem verniz, como encontrados nas laterais do motor, quadro e suspensões dianteira e traseira. Uma forma de tentar reduzir o risco quando se utiliza ele puro, é lavar rapidamente as peças e enxaguar com bastante água o local. Importante: Da mistura do sabão em pó para lavagens de roupas com água, não se obtém o sabão liquido. O sabão em pó para lavagens de roupas é muito mais forte que o sabão liquido e não se dilui completamente na água, manchando com muita facilidade as peças da motocicleta.

2.5 - Tabela pratica dos Produtos Puros

Grupo--- Produto--------------Ph -------Ação sobre ---------Ação sobre---------Nível de
-------------------------------------------Terra e Barro------Óleos e Graxas----Segurança
--A------ Querosene---------Neutro-------- Baixa----------------Boa-------------- Bom
--A------ Oleo Diesel---------Neutro--------Baixa----------------Boa---------------Ruim
--B-------Xampu Autom.-----Médio--------Boa----------------Baixa------------- Ótimo
--B-------Sabão Liquido-------Alto-------- Ótima--------------Média-------------Médio

3 - Produtos não recomendados:

3.1 - Produtos de uso profissional não recomendados:
Existem no mercado automotivo, diversos produtos de uso profissionais específicos para limpeza pesada, muitos deles utilizados na lavagem profissional de automóveis. Como nossa proposta é uma lavagem artesanal e segura, esses produtos não são recomendados. A variedade é grande, vou citar os dois mais comuns que são, o ativado (limpa baú ou limpa alumínio) esse produto detona principalmente as partes de liga leve dos blocos de motores e também a peças de alumínio como a balança traseira de alumínio de muitos modelos de motocicletas. O outro produto é um desengraxante industrial utilizado para chassis de caminhão, conhecido também como solupan, nome de uma marca que se popularizou como nome genérico do produto, sua alcalinidade é elevadíssima, provocando manchas em muitos locais da motocicleta, mesmo nas pinturas mais resistentes e protegidas com verniz.

3.2 - Outros produtos diversos não recomendados:
Também não é recomendado o sabão em pó doméstico utilizado para lavagem de roupas, em geral eles são muito alcalinos, não se diluem facilmente com a água se tornando assim mais perigosos, que por sua vez também provocam manchas em muitos locais da motocicleta. Também não é recomendada à utilização de gasolina para qualquer tipo de limpeza, em especial não deve ser utilizada nas correntes das motocicletas.


4 - A mistura dos Produtos:

4.1 - Como Surgiu:
Após três anos lavando motocicletas artesanalmente, fiz a primeira experiência com essa mistura, que resultou em uma boa alternativa para melhorar a lavagem e oferecer menos riscos para a segurança das peças das motocicletas. Na realidade a primeira iniciativa foi adicionar querosene no sabão liquido para reduzir sua alcalinidade. Quando percebi que o resultado era bom e o enxágüe era perfeito, resolvi então acrescentar o sabão no querosene para lavar as partes sujas com graxa.

4.2 - Como funciona:
Quando se mistura um sabão com um derivado de petróleo, acelera-se o processo da reação química do sabão reduzindo drasticamente sua alcalinidade. Por outro lado o sabão reduz a oleosidade existente nos derivados de petróleo.

4.3 - O porque da Mistura:
O objetivo da mistura é exatamente aumentar a segurança sobre os materiais na lavagem, quando se faz à mistura existe uma redução drástica da alcalinidade do sabão, e também dos efeitos maléficos que existem no querosene, no óleo diesel e demais derivados de petróleo.

4.4 - Como fazer:
Em uma pequena vasilha plástica de aproximadamente 250 a 300 ml, misture o sabão liquido com o querosene nas seguintes proporções:
Para os locais com mais terra e barro: 30% de Querosene com 70% de Sabão Liquido.
Para os locais com mais graxa e óleo: 70% de Querosene com 30% de Sabão Liquido.
A seguir mexa bem a mistura até que ela fique homogenia.
Obs.: O querosene e o sabão liquido são os produtos que apresentam o melhor resultado na busca do equilíbrio entre eficiência e segurança.

4.5 - Outras Opções:
Pode-se também fazer a mistura utilizando-se um produto do Grupo A (Querosene ou Óleo Diesel) com outro produto do Grupo B (Xampu Automotivo ou Sabão Liquido)

4.6 - Tabela pratica das Misturas:

-Grupo---Mistura----------------------------Ph-----Ação sobre------Ação sobre------Nível de
------------------------------------------------------Terra e Barro--Oleos e Graxas-Segurança
--A+B---70% Queros.+30% Xampu Aut.---Neutro------Baixa-----------Boa------------Ótimo
--A+B---70% Queros.+30% Sabão Liq.-----Neutro------Baixa----------Ótima-----------Bom
--A+B---70% Óleo Die.+30% Xampu Aut.--Neutro------Baixa-----------Boa------------Médio
--A+B---70% Óleo Die.+30% Sabão Liq.----Neutro------Baixa----------Ótima----------Médio
--A+B---70% Xampu Aut.+30% Queros.----Baixo------Boa-----------Baixa-----------Ótimo
--A+B---70% Sabão Liq.+30% Queros.------Baixo-----Ótima---------Baixa------------Bom
--A+B---70% Xampu Aut.+30% Óleo Die.---Baixo------Boa-----------Baixa-----------Médio
--A+B---70% Sabão Liq.+30% Óleo Die.-----Baixo------Boa-----------Baixa-----------Médio

4.7 – Escolha das concentrações das misturas:
As concentrações das misturas sugeridas acima são apenas exemplos práticos para utilização imediata. Não existe uma formula precisa da concentração dos produtos. Com a utilização freqüente das misturas, cada motociclista, de acordo com sua necessidade vai encontrar a formula ideal para cada local especifico de sua motocicleta. Exemplos: Para motocicletas novas a melhor opção de mistura será aquela que valorize mais a Segurança. Já para motocicletas utilizadas na pratica de off-road a mistura mais indicada será a que tenha melhor ação sobre terra e barro.

4.8 - Não fazer grande quantidade da mistura:
Não se deve fazer uma grande quantidade da mistura por dois motivos básicos: O primeiro é que como os dois produtos se anulam, a mistura perde o efeito muito rápido, eu acredito que depois de cerca de uma hora ela não serve mais para a utilização. Outro motivo é que fazendo aos poucos é possível ir testando e descobrindo a concentração ideal para cada local. O ideal é utilizar uma caneca plástica pequena com capacidade entre 250 a 300 ml.

4.9 - As vantagens da Mistura:
I – Segurança: A grande vantagem da utilização da mistura sem duvida alguma é o ganho na segurança para todos componentes da motocicleta.
II – Praticidade: Quando se utiliza à mistura não há necessidade de fazer o serviço correndo e enxaguar rápido como acontece com produtos puros que podem secar e manchar a motocicleta. Por causa do óleo dos derivados de petróleo a mistura não seca, e quando é feito o enxágüe ela é completamente eliminada sem muito esforço.
III – Resultado: Um dos fatores mais interessantes desse processo é que o serviço apresenta um resultado "limpo", ou seja após aplicar e fazer o enxágüe, todo produto e resíduos de sujeira são totalmente eliminados, não sobrando os desagradáveis resíduos de óleo e graxa de quando se usa o querosene ou óleo diesel puro ocorre.
IV – Comodidade: O serviço de lavar a motocicleta pode ser feito em qualquer lugar da casa, mesmo em garagens com piso cerâmico branco ou claro, pois o local onde a motocicleta é lavada com a utilização da mistura também fica limpo sem resíduo de gordura ou graxa.
V – Ecologia: A natureza também agradece, pois logo após serem misturados os produtos começam a reagir entre si, e um vai destruindo o outro e depois de um certo tempo a mistura se torna neutra, e assim não ficamos com a consciência pesada de descartar querosene ou óleo diesel puro na natureza.
VI – Saúde: Quando comecei a lavar motocicletas e utilizava os produtos separados, periodicamente minhas mãos ressecavam e “descascavam”, a partir da utilização da mistura isso nunca mais aconteceu.


5 – Realizando a Lavagem:

5.1 - Orientação Inicial:
Com a finalidade de complementar e ilustrar os pontos acima, neste capitulo vou tratar especificamente de uma das etapas da lavagem da motocicleta, ou seja, a etapa que compreende especificamente da utilização dos produtos citados acima. As demais orientações sobre a lavagem completa da motocicleta compreendendo acabamento e tratamento dos materiais, serão tratado em outras matérias especificas.

5.2 - Materiais Necessários:
Mangueira, pinceis de tamanhos e formatos variados, escovas de dente usadas, escovas variadas, caneca pequena, balde, esponja de espuma, panos secos e limpos, banquinho de 25 a 35 cmts de altura.

5.3 - Molhando a Motocicleta:
Pegue uma mangueira que tenha aqueles bicos que fazem o jato ficar na função de regar jardim e molhe toda a motocicleta, procurando eliminar o maior volume possível de sujeira, em especial os acúmulos de pó e terra.

5.4 - Áreas com muita terra e barro:
Faça uma mistura de produtos com concentração especifica para locais com terra e barro, pegue a vasilha os pinceis as escovas, e sentado no banquinho vá pincelando e esfregando todos os locais da motocicleta que tiverem acumulo terra e barro. Deixe de fora os kits pintados (para lamas, tanque e laterais). O objetivo dessa etapa é alcançar os locais cheios de detalhes e acessos mais difíceis. A mistura não é um solvente mágico que atua sozinho por simples contato, é necessário somar a ela uma ação mecânica, ou seja utilizar com vontade os pincéis e escovas. Vá mudando gradativamente sua posição de forma a alterar o ângulo de visão e o acesso às peças para poder obter assim o melhor resultado possível.

5.5 - Áreas com muita graxa e óleo:
Faça uma mistura de produtos com concentração especifica para locais com graxa e óleo, pegue a vasilha os pinceis as escovas e sentado no banquinho vá pincelando e esfregando todos os locais da motocicleta que tiverem acumulo de graxa e óleo. O local mais trabalhoso nessa etapa é o conjunto de transmissão secundário, ou seja pinhão coroa e corrente. Novamente deixe de fora os kits pintados (para lamas, tanque e laterais). O objetivo dessa etapa é alcançar todos os locais cheios de detalhes e de acessos mais difíceis. A mistura não é um solvente mágico que atua sozinho por simples contato, é necessário somar a ela uma ação mecânica, ou seja utilizar com vontade os pincéis e escovas. Vá mudando gradativamente sua posição de forma a alterar o ângulo de visão e o acesso às peças para poder obter assim o melhor resultado possível.

5.6 - Primeiro Enxágüe:
Novamente com a mangueira que tem aqueles bicos que fazem o jato ficar na função de regar jardim, enxágüe toda a motocicleta, procurando eliminar totalmente os resíduos de sujeira e dos produtos utilizados. Aproveite e molhe novamente a motocicleta toda, em especial o kit de peças pintadas como tanque, pára-lamas e laterais.

5.7 - A lavagem geral com Xampu:
Encha com água, um balde pequeno bem limpo e acrescente o xampu automotivo na quantidade recomendada pelo fabricante. Com uma esponja de espuma macia e limpa inicie a lavagem pela seguinte ordem: tanque de gasolina, tampas laterais e para lamas, a seguir passe a esponja em todos os demais locais da motocicleta, iniciando pelas partes mais altas e por ultimo as partes mais baixas. Nesta etapa deve-se lavar novamente toda a motocicleta, mesmo aqueles locais que já foi aplicado o pincel ou escova, lembrando que na etapa do pincel foi tirado a sujeira grossa, agora com a esponja será melhorado o nível de acabamento.

5.8 - Ultimo Enxágüe:
Novamente com a mangueira que tem aqueles bicos que fazem o jato ficar na função de regar jardim, enxágüe toda a motocicleta, procurando eliminar completamente todo os resíduos de sujeira e de produtos utilizados.

5.9 - Secando a Motocicleta:
O ideal para realizar essa atividade é contar com um compressor pequeno que gere uma pressão não muito elevada. Mas, como estamos falando de lavagem artesanal esse item também é opcional. Para enxugar bem a motocicleta devem-se utilizar panos secos, limpos, que absorvam bem a água e não soltem resíduos de tecido. Um pincel seco também ajuda a remover a água de locais mais difíceis que o pano não tem acesso. Quando a motocicleta esta molhada não conseguimos visualizar perfeitamente todos detalhes de sujeira, somente quando ela começa a secar é que as falhas da lavagem começam a aparecer. O importante nesta etapa é não deixar a motocicleta secar sozinha. Essa etapa deve ser vista como um complemento da lavagem e uma preparação para o acabamento, ou seja procure remover todos os pequenos detalhes que passaram despercebidos na etapa da lavagem. Esta etapa é muito importante é nela que vamos realizar o ajuste fino da lavagem, portanto não tenha pressa em concluí-la. Após ter concluído completamente essa etapa a motocicleta pode ser deixada um pouco no sol antes de iniciar à parte de acabamento.

6 – Considerações Finais:

6.1 - Questões Técnicas:
Sempre que relato este assunto, surgem diversos questionamentos, muitos querem saber como funciona tecnicamente a reação química da mistura. Apesar de não ser um grande conhecedor de química, estarei sempre à disposição de todos para tentar esclarecer qualquer duvida remanescente.

6.2 - Lavagem de Outros Itens:
A mistura fica segura para lavar qualquer coisa. Tenho amigos que experimentaram a mistura na lavagem de motor de automóveis, ficaram muito satisfeitos com o resultado porque notaram que a mistura conserva as peças, que não ficam enferrujadas como quando a lavagem é feita no lava rápido com o uso do famoso e temido solupan. Existem, por exemplo, certas pinturas que se diluem ao contato com o querosene puro, já com a mistura elas resistem mais.

6.3 - Conclusão:
Pode se dizer com bastante propriedade que é possível utilizar as misturas com muito mais segurança do que quando se utiliza qualquer um dos produtos separados.

6.4 - Experimente a mistura:
Antes de qualquer comentário, é necessário experimentar a mistura, só depois disso será possível entender na pratica como realmente ela funciona, e assim perceber por si mesmo quais são suas vantagens.

Tomás André dos Santos - tasmotos

terça-feira, 9 de junho de 2009

Conservação das Motocicletas Inativas

A motocicleta deve ser utilizada diariamente. Não fique muito tempo sem utilizar sua motocicleta. Um dos fatores mais importantes para a conservação das motocicletas é o seu uso freqüente. Deixá-la sem uso por um certo tempo é prejudicial para diversos componentes como: pneus, tanque de combustível, carburadores, filtros, conjunto de transmissão secundaria, bateria, e outros. Caso seja realmente necessário manter sua motocicleta em inatividade por um certo período observe as seguintes dicas, conforme o período de tempo estimado que a motocicleta for ficar parada:

Orientações básicas para qualquer período de tempo:

Troque o óleo do motor e o filtro de óleo e faça a motocicleta funcionar por alguns segundos antes de deixá-la totalmente parada. Lave a corrente, coroa e pinhão, com a mistura de sabão liquido e querosene, até que seja removida toda lubrificação antiga. Seque bem esses componentes com compressor e deixe um pouco sob a ação do sol. Em seguida lubrifique muito bem utilizando um pincel ou escova de dente toda a corrente de transmissão com óleo SAE 90. É importante o óleo fique envolvendo totalmente a corrente, pois os locais que ficarem sem a proteção do óleo irão enferrujar.

Faça uma lavagem detalhada e completa na motocicleta. Seque bem as partes de difícil acesso com compressor, seque as demais peças com panos secos e limpos e deixe um pouco no sol. A seguir aplique uma camada de cera a base de carnaúba em todas as superfícies pintadas e cromadas.

Lubrifique internamente com óleo todos os cabos de controle.

Alguns parafusos ou componentes metálicos da moto, por não serem originais ou pela idade tem tendência a oxidar com mais facilidade, identifique esses parafuso e com um pincel aplique uma graxa lubrificante de boa qualidade ou óleo de motor sobre eles.

Faça a calibragem os pneus com as pressões recomendadas pelo fabricante. Apóie a motocicleta sobre o cavalete central, e utilize um calço de modo que os pneus não toquem o solo.

Se cães ou gatos tiverem acesso ao local onde a moto for ficar parada, então encha quatro garrafas pets de 2 litros com água mantendo uma em cada lado das laterais das rodas. Isso fará com que esses animais façam suas necessidades nas garrafas e não nas rodas.

Deixe o motor esfriar de um dia para outro e então cubra a motocicleta com uma capa apropriada, não utilize capas plásticas, pode ser até um lençol, que é mais recomendado porque a motocicleta poderá “respirar”. Guarde-a em local seco e arejado e que tenha alterações mínimas de temperatura. Nunca deixe guardada em local que ela fique exposta diretamente ao sol.

Períodos curtos (menores que trinta dias):

Complete o tanque de gasolina até no maximo que puder, feche bem a tampa e mantenha a torneira de combustível na posição Of.

Solte os terminais dos cabos da bateria, envolvendo-os com graxa, recoloque os parafusos nos pólos da bateria e recubra com graxa os dois pólos da bateria. Se necessário complete o nível do eletrólito.

Períodos longos (superiores há trinta dias):

Esvazie o tanque de combustível e drene o carburador. Pulverize no interior do tanque um produto anticorrosivo e feche bem a tampa. Nesse caso a drenagem do carburador é muito importante para evitar que o combustível se deteriore e comprometa o funcionamento perfeito do motor quando a motocicleta voltar a ser utilizada. Lembrando que a gasolina é altamente inflamável, não esqueça de tomar todos cuidados necessários para evitar incêndios durante essas atividade com o tanque e o carburador.
Remova a vela de ignição e coloque uma pequena quantidade (15 a 20 cm³) de óleo de motor limpo no interior do cilindro. Acione o motor de partida durante alguns segundos para distribuir o óleo e reinstale a vela de ignição. Para prevenir danos no sistema de ignição, quando acionar a partida, o interruptor de emergência deve ser colocado na posição Off e a vela de ignição colocado no supressor e encostada no cilindro (aterrada).

Solte os terminais dos cabos da bateria, envolvendo-os com graxa, recoloque os parafusos nos pólos da bateria e recubra com graxa os dois pólos da bateria. Se necessário complete o nível do eletrólito. Remova a bateria e guarde-a em um local que não esteja exposto a temperaturas muito baixas ou a raios diretos do sol. Passe a verificar o nível do eletrólito e recarregar a bateria uma vez por mês.

Se possível, reveja periodicamente a calibragem dos pneus.

Ao voltar a utilizar a motocicleta:

Execute uma lavagem completa e detalhada na motocicleta, não esquecendo de remover com querosene a lubrificação de graxa ou óleo feita para proteção de algumas peças ou parafusos.

Troque o óleo do motor caso a motocicleta tenha ficado parada por um período superior a quatro meses.

Verifique a calibragem dos pneus, deixando-os com a pressão recomendada pelos fabricantes.

Verifique o nível do eletrólito da bateria. Se necessário, faça a recarga da bateria usando carga lenta.
Caso o período foi muito longo e o tanque de combustível foi drenado, com um pouco de gasolina lave o interior do tanque de combustível e abasteça-o com gasolina nova de boa qualidade.
Após fazer a motocicleta funcionar novamente, execute um teste conduzindo a motocicleta em baixa velocidade em local seguro e afastado do tráfego.

Detalhe importante sobre a Gasolina:

A discussão sobre a vida útil da gasolina é enorme. Segundo alguns, por ser derivada de petróleo ela tem validade infinita. Mas todos concordam que com o passar do tempo ela perde bastante seu poder de combustão. Somente sua armazenagem a vácuo em local não corrosivo consegue manter suas características por mais tempo. Em muitas discussões tem se chegado a um consenso da validade que leve em conta seu poder de combustão num período estimado entre três meses a dois anos. Nos automóveis e nas motocicletas o problema fica por conta dos diferentes tipos de metais e materiais onde ela tem contato. Na pratica a ação química dela com esses materiais é que poderá comprometê-la, iniciando o processo de corrosão desses locais. Importante ressaltar que estamos falando de gasolina de boa qualidade, se a mesma for adulterada e estiver com solventes, então a coisa é bem mais complicada. Por segurança, resolvi então estipular o prazo acima na faixa dos trinta dias, mas acredito que ela pode ficar armazenada por mais tempo no tanque, desde que a gasolina seja de boa qualidade, e que o tanque esteja completamente cheio e bem vedado.

Tomás André dos Santos - tasmotos

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Conservação das Motos Custons

No meu dia a dia com a pratica do lava motos e com informações obtidas em sites, blogs, fóruns e nas revistas especializadas acumulei muitas informações sobre conservação de motos custons. Juntando tudo fiz uma releitura onde acrescentei minha experiência e meu pensamento, gerando assim esta matéria inédita, que estou disponibilizando para todos os amigos motociclistas apaixonados por motos custons:

Não fique muito tempo sem utilizar sua moto custom, um dos fatores mais importantes para a conservação da moto custom é o seu uso freqüente. Deixá-la parada sem uso por um certo tempo é prejudicial para todos os componentes como: pneus, tanque de combustível, bateria, carburadores, e outros. No caso das custons, por incrível que pareça, quando a motocicleta fica parada por um certo tempo, inicia-se um processo de oxidação que pode comprometer rapidamente todas as peças cromadas.

Não deixe de lavar sua moto custom por muito tempo isso é prejudicial para sua conservação, alguns sedimentos e micro sedimentos se fundem em todos os materiais, em especial nos cromados, esses pontos de sujeira funcionam como retentores de umidade e serão os causadores do inicio da oxidação. Portanto deve-se rotineiramente lavar, secar bem e polir com produtos adequados todas as partes cromadas.

Um inimigo de todas as motos, em especial das rodas cromadas das custons, é a urina de nossos amigos cães e gatos, que corroem rapidamente os cromados. Você não precisa se livrar desses parceiros, basta encher quatro garrafas pets de 2 litros com água mantendo uma em cada lado das laterais das rodas. Isso fará com que seu amigo faça suas necessidades na garrafa e não nas rodas cromadas.

Atualmente, a maioria das motos custons tem seu motor pintado de preto fosco. Após o uso em dias de chuva ou locais onde as partes pretas recebem terra e barro, é muito importante que essas partes sejam imediatamente lavadas, caso contrario esse material ira fundir-se com a pintura preta, deixando-as permanentemente amareladas.

Nunca leve sua moto custom em lava rápido de veículos, os produtos e equipamentos utilizados são inadequados para a lavagem de motos custons. Os produtos como o “Solupam” e o “Ativado” provocam manchas profundas nos cromados que nunca mais são retiradas, alem de provocar a oxidação precoce de todas as demais peças metálicas.

Para as custons clássicas que possuem faixas bancas nos pneus, podem-se lavar com bucha tipo Scott Brite e Sapólio. Na etapa de acabamento das rodas podem-se também remover as manchas remanescentes nessas faixas brancas com o uso de querosene.

Com bastante freqüência examine visualmente a integridade da junta das tampas dos reservatórios de fluidos de freios, em especial o da frente que fica sobre o guidon, é comum se verificar vazamentos, o fluido de freio é altamente corrosivo e “detona” todo local onde tem contato.

O uso de capa para moto é uma opção que precisa ser bem planejada, deve-se escolher o modelo adequado e evitar as muito pesadas. O ideal é utilizá-la somente quando a moto for ficar muito tempo sem rodar. Não se deve colocá-la quando a moto estiver suja, pois a mesma ira riscar a pintura e os cromados. Não se deve colocá-la quando o motor estiver quente, alem da possibilidade de queima pelo contato com partes muito aquecidas como o escapamento, ao se colocar a capa sobre a moto quente ela ira formar umidade (vai suar) e essa umidade será a responsável pelo inicio de um processo de oxidação.

As bolsas e Alforjes de couro devem ser utilizadas sempre com suporte adequado, quando a bolsa é colocada em contato direto com a pintura ou cromados da moto a mesma ira riscar esses locais por abrasão, principalmente em longas viagens.

Para a conservação e rejuvenescimento do couro das bolsas devem-se utilizar os óleos minerais puros, encontrados nas lojas que comercializam produtos de couro.

Os baús e bauletos são uma opção muito comum nas motos custons, mas sua instalação deve ser bem planejada, na maioria das vezes os suportes para fixação do bauleto não são adequados, e sua colocação compromete componentes originais da moto. Procure instalar o suporte no mesmo local que vendeu o bauleto e exija garantia total por escrito do conjunto.

Os acessórios de customização cromados não originais são outra fonte de preocupação. A qualidade e a instalação dos mesmos deve ser bem planejada. É comum o cromado desses acessórios começarem a oxidar e enferrujar de maneira prematura. Instalações inadequadas também comprometem componentes originais da motocicleta. Exija sempre de quem instala garantia por escrito da qualidade dos materiais cromados e garantia da instalação.

Os bancos e assentos não originais vendidos como acessórios de customização também têm sua qualidade muito duvidosa, em geral a espuma não é de boa qualidade e “cede” fácil. As capas desses bancos em geral não suportam a ação da chuva e do sol como os bancos originais, portanto exija também, na hora da compra e instalação, a garantia por escrito.

Tomás André dos Santos - tasmotos